ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL PROFª. CLAUDECI PINHEIRO TORRES
11ª DIRED - ASSU
ORIENTADORA: ALCILENE LOPES DE SOUZA
COORIENTADORA: NIVERIA BARBOSA DE ASSIS
ESTUDANTES: Lisvaldo
Franciele
Jéssica
TÍTULO:
O uso
medicinal do Mastruz no município de São Rafael/RN.
SITUAÇÃO PROBLEMA: O uso do Mastruz pelos comunitários, sem um verdadeiro conhecimento do princípio ativo e a falta de informações científicas.
HIPÓTESE: A comunidade deve apropriar-se do conhecimento científico acerca do uso correto do mastruz, em relação a sua eficácia e seus efeitos colaterais.
INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA:
Segundo Amoroso e Gely
(1988), planta medicinai é toda a espécie vegetal que tenham um valor de
caráter curativo para determinada comunidade, ou seja, que possua uma
propriedade real ou imaginária, aproveitada pela comunidade para um ou mais
fins específicos de cura, que seja empregada na prevenção, no tratamento, na
cura de distúrbios, disfunções ou doenças do homem e animais. As informações
sobre os usos das plantas medicinais e suas virtudes terapêuticas foram sendo
acumuladas durante séculos, e muito desse conhecimento empírico encontra-se
disponível atualmente.
De
domínio público, o conhecimento sobre as plantas medicinais representou e ainda
representa o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos.
Essa prática, que se caracteriza pela utilização dos recursos naturais como
forma de tratamento e cura de doenças, é tão antiga quanto a espécies humana
(DI STASI, 1996).
A
planta Mastruz (Chenopodium ambrosioides) apresenta distribuição ampla pelo
mundo, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma das
espécies mais utilizadas entre os remédios tradicionais na medicina popular.
Essa espécie é popularmente conhecida como erva-de-santa-maria, mastruz ou
mastruço; sendo seu uso muito difundido de forma empírica em tratamentos de
feridas e inflamações da pele por meio da utilização de compressas e ataduras.
Serve ainda para tratamento de contusões e fratura.
Na comunidade de São Rafael/RN,
localizada à 300 km da capital do Estado do Rio Grande do Norte/Natal, foi realizada uma pesquisa sobre o
conhecimento e uso de plantas medicinais, constatando-se que a planta mais
citada foi o Mastruz (Chenopodium ambrosioides) e que a população à utiliza sem
nenhum conhecimento científico sobre os seus efeitos colaterais, não se
preocupando com a dosagem correta, colocando em risco a sua própria vida. Mas,
é importante observar o uso incorreto desse vegetal, pois, Ballach (1989) in Silva, E. B da (1997), refere que geralmente é conhecido como
abortivo o efeito dessa planta e que, em doses fortes, a essência para combater
vermes trazem doenças e algumas vezes até a morte.
O esclarecimento e sensibilização acerca da problemática associada a utilização
do mastruz, tem a finalidade de reduzir e/ou erradicar o uso incorreto desta
erva, e ainda injetar no cotidiano dos envolvidos, que a prática do seu uso
para fins terapêuticos é importante para o bem estar da população, e mais
precisamente para as pessoas de baixa renda pois o seu custo é muito baixo, mas
que é relevante usá-lo com cautela, já
que, Souza
et. al (1991) in Silva, E. B (1997), afirma
que a planta pode deixar efeitos colaterais como irritação nos rins, vômitos,
convulsões, náuseas e até coma. Mas, que o seu uso cautelar do sumo com leite,
é fortificante dos pulmões, combate a gripe; triturada a erva, pode ser usada
em contusões e fraturas com bom resultado.
Portanto, o registro e a aferição dessas informações, contribuem para a manutenção
e o correto direcionamento do saber popular, procedendo-se com orientações
sobre o uso correto desse vegetal, com vistas à prevenção de intoxicações,
assim como a divulgação da forma adequada de seu emprego, proporcionando-lhes segurança na utilização dessa erva e uma
melhor qualidade de vida.
OBJETIVOS:
·
Esclarecer dúvidas dos usuários do mastruz
sobre a qualidade, precauções, segurança, interações medicamentosas e eficácia
na sua utilização.
·
Mostrar a comunidade as doenças que o mastruz
pode agir.
·
Orientar a
comunidade sobre as contra indicações do uso incorreto do mastruz.
METODOLOGIA:
Após a escolha da temática e pesquisas bibliográficas, os educandos iniciaram um estudo sobre a história do uso das plantas medicinais. Fizeram estudos aprofundados sobre questionário etnobotânico e sua relevância, permitindo o conhecimento e entendimento da relação dos vegetais com a população envolvida. Os alunos produziram um questionário semiestruturado que posteriormente foi aplicado para alguns moradores da comunidade de São Rafael/RN, escolhidos sob o critério de que a maioria dos moradores eram maiores de 35 anos de idade e usuários das plantas medicinais. A partir da análise dos questionários semiestruturados constatou-se que a população utilizava uma variedade de plantas medicinais como medicamento natural, sendo que o mastruz (Chenopodium ambrosioides) foi o mais citado pelos moradores, e que eles tinham conhecimento popular a cerca de seu uso, mas não tinham conhecimento científico, nem tão pouco sabiam dos efeitos colaterais que a planta pode causar. Daí tornou-se relevante buscarmos estudos bibliográficos à cerca dos benefícios e riscos causados pela planta, sendo de fundamental importância a sensibilização dos moradores sobre os riscos que eles correm usando esse medicamento natural de forma inadequada.
RESULTADOS
E DISCUSSÃO:
A partir de um levantamento
bibliográfico sobre os efeitos do mastruz no organismo humano, tornou-se
possível a organização e produção de textos referentes a planta medicinal mais
citada pela comunidade de São Rafael, quando indagadas sobre plantas medicinais
e seus usos, e constatado que a mais utilizada
é o mastruz (Chenopodium ambrosioides). Essas informações sobre a utilização
de forma correta
da erva, foram repassadas à população, contemplando
os seguintes aspectos: nome popular da planta, nome científico, uso popular,
parte usada, posologia, e contra indicações. Criou-se um Blog,
disponível em: www.plantasmedicinaisao rafael.blogspot.com
o qual contém informações sobre o mastruz (Chenopodium ambrosioides), planta mais
utilizada pela população de São Rafael/RN.
Desenvolvidas as ações do projeto, espera-se
manter o emprego das plantas medicinais, de forma correta, pela população,
passando a utilizá-las com cautela. No Brasil consta de uma variedade botânica
muito grande encontrada em nossas florestas tropicais, desde 1500 a.C (Faraó
RamsésI). A utilização em suas várias formas: chás, xaropes, sumo, compressas,
entre outras para determinados distúrbios, deve ser rigorosamente introduzida
de forma adequada, pois os vegetais não estão livres de substâncias tóxicas. Com
essa iniciativa, proporcionou-se a sensibilização dos moradores de São
Rafael/RN, para o uso correto dessa erva tão citada por eles, respeitando a
saúde e corpo, evitando efeitos desastrosos.
CONCLUSÃO
O presente trabalho torna-se de grande
relevância, pois o uso dos vegetais pela população para fins terapêuticos é
frequente, por quaisquer razão que sejam, e utilizá-los de forma correta é
muito importante para manter a segurança e a saúde do corpo.
Diante da variedade de plantas medicinais
identificadas na comunidade
e utilizadas em seu benefício, verificamos que o
mastruz (Chenopodium
ambrosioides ), é a planta
usada em maior escala. Neste contexto, pode-se destacar que a pesquisa voltada
para o campo das plantas medicinais é eficiente para comprovar suas ações
mediante usos populares que as utilizam com o intuito de melhorar a qualidade
de vida, principalmente por terem uma maior acessibilidade dos recursos
terapêuticos disponíveis no ambiente.
Sendo assim, tornou-se necessário uma melhor distribuição de
conhecimento dos efeitos provocados por esse vegetal, bem como a segurança no seu
uso como recurso terapêutico. Sendo assim, é necessário que a população, seja
conhecedora do conhecimento científico à respeito dos benefícios e danos que essa erva pode causar,
já que, deve-se fazer uso desta droga vegetal com cautela, pois sendo usada de
forma inadequada, pode se tornar um fator de risco para a intoxicação. Por essa
razão, entende-se que é de grande importância informar a população, por meios
descritivos e oralmente essa preocupação com a qualidade da saúde em geral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Raullyan Borja Lima e. A etnobotânica de plantas medicinais da
comunidade
quilombola de Curiaú, Macapá-AP, Brasil. p.23. 2002.
ZECA, Isla Ferreira ¹; ARAÚJO, Jamile Bezerra ¹; SANTOS, Ana Patricia Oliveira dos ². Plantas
medicinais: deixe a natureza cuidar de você. < Disponível em: www.oort.com.br/oort/thinkquest/./Projeto_Plantas_Medicinais.HTML>
Acesso em: 18/09/2013