quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Babosa

Babosa - Aloe vera
A Babosa (Aloe vera) é uma planta medicinal extremamente conhecida e utilizada no mundo inteiro. Pertence a família das Liliáceas (Liliaceae).
Usos Tradicionais: acne, amenorréia, artrite, caspa, cicatrizes, constipação, feridas, heras-venenosas, herpes, queimaduras, queimaduras de sol, lombriga, psoríase, tuberculose, úlceras.
Propriedades Medicinais: antibacteriano, anti-inflamatório, antifúngico, biogênico, colagogo, demulcente, emenagogo, emoliente, hepático, laxativo, purgante, rejuvenescedor, tônico estomacal, vermífugo.
A Babosa é mundialmente conhecida pelo seu poder de cura, principalmente para queimaduras. Queimaduras de grau elevado (profundas) tratadas com a planta muitas vezes conseguem evoluir para uma queimadura de menor grau em poucos dias. Diversos estudos foram realizados em todo o mundo a fim de se investigar diversas propriedades medicinais da Babosa, agave em formato de cacto. A indústria cosmética vê a Aloe vera como base e fitocosmético para vários produtos de beleza, tais como cremes faciais e capilares, limpadores de pele (removedor de impurezas da pele), anti-rugas, fortalecedor do couro cabeludo e desodorantes. Ajuda a combater a caspa, previne contra as rugas hidratando peles ressecadas e flácidas e, aplicada como loção após a barba, é ótimo suavizante para a pele.
Além disso, a Babosa é muito útil para o tratamento de cortes e feridas, acne, coceiras, manchas na pele, picadas de insetos, dores musculares, problemas digestivos, artrite, sinusite e asma, além do já citado combate eficiente à queimaduras, seja por fogo ou raios solares. Os principais componentes da babosa (aloína, aloeferon, aloetina e barbalodina) são responsáveis pelas propriedades cicatrizantes da planta, que é também também utilizada como tônico digestivo e laxante.
Quanto a utilidade da Babosa no tratamento do cancêr, nada ainda foi comprovado pela comunidade científica sobre sua eficiência. Alguns estudos já concluiram que a Babosa fortalece o sistema imunológico e tem ação anti-inflamatória e antiviral (inclusive inibindo a multiplicação do vírus da AIDS). Algumas pesquisas isoladas mostraram que os oligossacarídeos presentes na Babosa ajudam a combater as células malignas. Algumas pesquisas sugerem que os princípios ativos encontram-se no gel mucilaginoso das folhas da Aloe vera e não na casca da folha.
Enquanto o uso interno da Aloe ainda é tema de muita discussão entre a comunidade científica, a efetividade da planta quanto ao uso externo (aplicação tópica) é unânime. Sobre a pele, as substâncias contidas na babosa agem formando uma camada protetora e refrescante, com amplo uso cosmético e medicinal.
Como Usar Babosa – Formas de Utilização:
Existem várias formas de se utilizar a Babosa (Aloe vera), dentre elas se destacam:
Suco: Os benefícios do suco da babosa ainda são controversos. O suco é extraído da polpa da planta, já que a casca não é recomendada. Dilui-se uma colher de sopa em meio vaso de água e se toma de uma a três vezes por dia antes das refeições. A ingestão excessiva do suco da Babosa pode causar dores abdominais e diarréia. O suco da Aloe vera não deve ser tomado internamente durante a gravidez, menstruação ou em casos de sangramento retal, apesar do Gel da Babosa ser usado externamente sob essas condições. Os fortes compostos laxantes presente na planta são passados para o leite materno, por isso mães que estão amamentando devem evitar o uso interno da babosa.
Gel: Pesquisadores modernos identificaram vários motivos pelo qual o gel da Babosa estimula a cicatrização de feridas, vez que o gel da Aloe tem propriedades antibacterianas, antifúngicas e antivirais, além de compostos que ajudam a prevenir a infecções de feridas. Ele também tem imunoestimulantes e compostos anti-inflamatórios, estimulando a síntese de colágeno e a regeneração da pele. O gel da Babosa contém vitaminas C e E, além do mineral zinco, o que ajuda a curar feridas de todos os tipos. Usa-se parte do gel extraído da folha da babosa para ser utilizada na higiene diária. Geralmente os produtos vendidos à base da Babosa possuem forma pouco concentrada. o gel só deve ser usada externamente.
In Natura: Aplica-se a folha da Aloe vera diretamente sobre as queimaduras e as feridas, sobre a pele seca, as infecções por fungos e as picadas de insetos. Pode-se tomar duas colheres por dia.
Pomada: Para obter a pomada, deve-se abrir várias folhas de Babosa para obter uma grande quantidade do gel da planta. Após isso, deve-se fervê-lo até que se forma uma pasta espessa. Deve-se guardar em frascos limpos e em local fresco. O modo de utilizar é o mesmo das folhas.
Tônico: O gel da babosa fermentado com mel e especiarias é empregado como tônico e auxilia contra a anemia, problemas digestivos e hepatite. Inalações: O gel da planta ajuda a combater a congestão bronquial.
Contra-Indicações e Efeitos Colaterais
Alguns componentes da babosa têm propriedades emenagogas (aumentam o fluxo sanguíneo), por isso a Babosa é contra-indicada na gravidez. Em doses altas, a Aloe vera pode provocar vômitos e se transformar num purgativo drástico, sendo totalmente desaconselhável seu uso em crianças, onde os efeitos colaterais podem ser potencializados. O uso também é contra-indicado em casos de varizes, hemorroidas, afecções renais, enterocolites, apendicites, prostatites e cistites. O uso interno prolongado provoca hipocalemia e favorece o surgimento de hemorroidas.
O consumo da Aloe não deve ser indiscriminado, pois pode provocar dores abdominais, fortes diarréias (que os defensores do uso da planta afirmam ser o “efeito limpeza”) e, em doses elevadas, pode causar até inflamação nos rins.
História e Curiosidades:
O nome do gênero Aloe vera seria originário do hebráico halal ou do arábico alloeh, que significa substância amarga, brilhante e recorre ao gel da babosa. O nome da espécie vera vem do latim vera (= verdadeira). Ao que tudo indica, ela é considerada uma planta poderosa há muito tempo.
A evidência de uso da Babosa mais antiga foi encontrada em um tablete de barro na Mesopotâmia, datado de 2.100 a.C (Atherton High School Study). Referências para seu uso como um agente curativo podem ser achadas também nas culturas dos antigos egípcios, chineses, gregos, indianos e também na literatura cristã.
Antigos muçulmanos e judeus acreditavam que a babosa representava uma proteção para todos os males e, por isso, usavam as folhas até penduradas na porta de entrada da casa. Alexandre, o Grande, teria conquistado as Ilhas de Socotorá, no Oceano Índico (século IV a.C.), porque lá vegetava abundantemente um tipo de babosa que produzia uma tinta violácea. Há quem diga, entretanto, que na verdade, o conquistador conhecia os poderes cicatrizantes da babosa e seu principal interesse nas ilhas era ter plantas suficientes para curar os ferimentos dos seus soldados após as batalhas. Lendas também indicam que a Babosa era um dos segredos da beleza de Cleópatra.
Na África, caçadores esfregam o suco de Babosa em seus corpo para reduzir a transpiração e mascarar o cheiro humano. A babosa é uma das plantas mais adaptáveis e fáceis de crescer. Porém, tome cuidado, vez que as folhas da Babosa utilizadas em grande quantidades podem causar náuseas e vômitos.
Planta Medicinal do SUS
A Aloe vera spp. (Aloe vera ou Aloe barbadensis) faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. A finalidade da RENISUS é subsidiar o desenvolvimento de toda cadeia produtiva relacionada à regulamentação, cultivo/manejo, produção, comercialização e dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos.

Noni a planta medicinal que cura várias doenças

                                                                            Noni

A planta noni é um arbusto ou pequena árvore que cresce de três a seis metros. A planta do noni tem um tronco reto, grandes folhas elípticas, flores brancas tubular e ovóide frutos amarelos de até 12 cm de diâmetro. O fruto maduro de Noni tem um gosto não tão agradável e odor.

Peças usadas: Todas as partes da planta noni pode ser utilizada: raízes, caules, cascas, folhas e flores e, claro, as frutas.

Fitoquímicos

Ácido Octoanoic, Escopoletina, Damnacanthal, Terpenóides, antraquinonas, ácido capróico, Ácido ursólico, Rutina

Propriedades medicinais

Noni tem sido relatada a ter uma gama de benefícios de saúde para resfriados, câncer, diabetes,
asma, hipertensão, dor, infecção de pele, pressão arterial alta,
depressão mental, aterosclerose e artrite.
O noni contém os compostos antibacterianos nos frutos (acubin,
L-asperuloside e alizarina) e raízes (anthrauinones). Noni escopoletina
conatins que inibe o crescimento de Escherichia coli, Que é responsável por infecções intestinais e Heliobacter pylori, O que provoca úlceras.
Damnacanthal, que é encontrado em The Roots noni, inibe a tirosina quinase e dá a atividade antitumoral do noni.

Outros fatos

As propriedades medicinais do Noni foram descobertos mais de 2000 anos atrás, pelos polinésios, que
importaram a fruta do sudeste asiático. Hoje, a fruta noni é comido em
muitas partes do mundo, principalmente nas ilhas do Pacífico, Sudeste
Asiático e Austrália. Aqueles que se recuperou de uma doença após comer
a fruta noni chamou? O fruto de Deus?.
Em 2003, o suco de noni foi aprovado pela Comissão Europeia como um
alimento e foi autorizado a ser comercializado na União Europeia. Um
alimento é o alimento ou ingrediente alimentar que não foi utilizada de
forma significativa na UE antes de 15 de maio de 1997. Antes de
qualquer produto novo alimento pode ser introduzido no mercado europeu
que deve ser rigorosamente avaliado para a segurança.

Outros nomes

Indian mulberry, nono, nonu, fruta de queijo, Ba Ji Tian

Hortelã da folha míuda

Hortelã-de-folha-miúda

Nome científico: 
Mentha × piperita L.
Sinonímia científica: 
Mentha × adspersa Moench
Família: 
Lamiaceae
Partes usadas: 
Folhas e sumidades floridas.
Princípio ativo: 
Piperitone, alfa-mentona, mento-furano, metilacelato, pulegona, cineol, limoneno, jasmone, principio amargo, vitamina C e D, nicotinamida (traços), terpenos, cetonas, taninos, sesquiterpenos: cariofileno, bisabolol.
Propriedade terapêutica: 
Carminativa, eupéptica, estimulante, colagoga, estomáquica, antiemética, antiespasmódica e analgésica.
Indicação terapêutica: 
Fadiga, atonia digestiva,gastralgia, cólicas, flatulência, vômitos na gravidez, intoxicação gastrintestinal, afecções hepáticas, palpitações, enxaqueca, tremores, asma, bronquite crônica, sinusite, dores dentárias,nevralgias faciais provocadas pelo frio.

Nome em outros idiomas
  • Inglês: peppermint
  • Francês: menthe anglaise, menthe poivrée, sentebon
  • Alemão: pfefferminze, minze, edelminze, englische minze
  • Italiano: menta pepe, menta peperina, menta piperita
Espécies
  • Mentha viridis L.
  • Mentha crispa L.
  • Marsupianthes hyptoides L.
As três "mentas": Mentha piperita L.Mentha viridis L. e Mentha crispa L. são espécies diferentes com basicamente os mesmos constituintes mas diferem quanto ao solo, clima, etc.
Marsupianthes é sinônimo científico de uma delas. No Brasil existe a maior plantação de Mentha crispa do mundo. Encontra-se no município de Caruaru, pertence ao Lab. Hebron para produção do giamebil para ameba e giardia, segundo informação do Prof. Dr. Lauro Xavier Filho (abril, 2004).
Princípios ativos (continuação)
Flavonóides: mentoside, isoroifolina, luteolina. Óleo essencial 0,7 a 3% que contém mentol (40 a 40%), ácido p-cumarínico, ferúlico, cafêico, clorogênico, rosmarínico e outros. Contém outros constituintes incluindo carotenóides, colina, betaína e minerais.
 Contraindicações e efeito colateral
É contraindicado o uso da essência para lactentes. Pessoas que possuem cálculos biliares só devem empregar a planta com aconselhamento médico.
O mentol em crianças de pouca idade e lactentes pode levar à dispnéia e asfixia. A essência irrita a mucosa ocular (conjuntiva). Em pessoas sensíveis pode provocar insônia.
Superdosagem: evitar utilizar a essência em doses superiores a 0,30 g/dia.
Interações
Pode ser usada associada com sabugueiro.
 Dosagem indicada - Uso interno
  • Erva seca: 2 a 4 g três vezes ao dia.
  • Infuso: 1 colher de sobremesa de folhas por xícara. Tomar 3 xícaras ao dia, após ou entre as refeições.
  • Essência: dose média 0,05 a 0,030g/dia (45 gotas).
  • Xarope: 20 a 100 g/dia.
  • Sauna facial para nevralgias faciais provocadas pelo frio. 
    25g de folhas em 0,5 litro de água fervente. Expor o rosto aos vapores, cobrindo a cabeça com uma toalha. 
Uso culinário
Para fins culinários, folhas de hortelã devem ser usadas frescas em quase todos os casos. As folhas secas são restritas a alguns casos atípicos.
Curiosidade
O nome mentha vem da mitologia grega. Uma ninfa chamada Mintha foi punida por Zeus e se transformou em uma flor. Ninfas, em desenhos antigos, muitas vezes aparecem com coroas de menta, símbolo do amor.
 Colaboração
Lauro Xavier Filho, Professor da Universidade Tiradentes (UNIT),  Aracaju (SE).
 Referências
  • MELLO, E. C. C.; XAVIER FILHO, L. Plantas Medicinais de Uso Popular no Estado de Sergipe. Aracaju, UNIT, 2000.

Agrião

Verdura de sabor ligeiramente amargo e bem popular na mesa brasileira. O agrião é um excelente anti-inflamatório das vias respiratórias, muito indicado nas bronquites crônicas. Ele também age contra um mal bem moderno: a nicotina - ainda que, claro, nenhuma planta apague de vez os seus estragos.

Nome científico: Nasturtium officinalis

Nomes populares: Agrião d´água, agrião-aquático, agrião-do-rio

Fins medicinais: Diurético, anti-inflamatório, pode ser usado para tratar aftas, gengivites, acne e eczemas, ajuda melhorar a digestão e tratar a tosse.

Como usar: A simples digestão do agrião libera substâncias expectorantes que ajudam a limpar as vias respiratórias. Pode ser consumido em saladas, batido em sucos ou tomado em chás ( 1 colher de sopa de folhas secas para uma xícara de chá de água fervente, três vezes ao dia)

Atenção! Por ser abortiva, a infusão de agrião não deve ser consumida por grávidas. Além disso, o excesso costuma irritar a mucosa do estômago e as vias urinárias. Não deve ser ingerido por quem tem úlceras e doenças renais inflamatórias

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O uso medicinal do Mastruz no município de São Rafael/RN.


ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL PROFª. CLAUDECI PINHEIRO TORRES
11ª DIRED - ASSU
ORIENTADORA: ALCILENE LOPES DE SOUZA
COORIENTADORA: NIVERIA BARBOSA DE ASSIS
ESTUDANTES: Lisvaldo
                           Franciele
                           Jéssica

TÍTULO: O  uso medicinal  do   Mastruz no município de São Rafael/RN.

SITUAÇÃO PROBLEMA: O uso do Mastruz pelos comunitários, sem um verdadeiro conhecimento do princípio ativo e a falta de informações científicas.

HIPÓTESE: A comunidade deve apropriar-se do conhecimento científico acerca do uso correto do mastruz, em relação a  sua eficácia e seus efeitos colaterais.

INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA:

 Segundo Amoroso e Gely (1988), planta medicinai é toda a espécie vegetal que tenham um valor de caráter curativo para determinada comunidade, ou seja, que possua uma propriedade real ou imaginária, aproveitada pela comunidade para um ou mais fins específicos de cura, que seja empregada na prevenção, no tratamento, na cura de distúrbios, disfunções ou doenças do homem e animais. As informações sobre os usos das plantas medicinais e suas virtudes terapêuticas foram sendo acumuladas durante séculos, e muito desse conhecimento empírico encontra-se disponível atualmente.





De domínio público, o conhecimento sobre as plantas medicinais representou e ainda representa o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos. Essa prática, que se caracteriza pela utilização dos recursos naturais como forma de tratamento e cura de doenças, é tão antiga quanto a espécies humana (DI STASI, 1996).

A planta Mastruz (Chenopodium ambrosioides) apresenta distribuição ampla pelo mundo, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma das espécies mais utilizadas entre os remédios tradicionais na medicina popular. Essa espécie é popularmente conhecida como erva-de-santa-maria, mastruz ou mastruço; sendo seu uso muito difundido de forma empírica em tratamentos de feridas e inflamações da pele por meio da utilização de compressas e ataduras. Serve ainda para tratamento de contusões e fratura.
            Na comunidade de São Rafael/RN, localizada à 300 km da capital do Estado do Rio Grande do Norte/Natal,  foi realizada uma pesquisa sobre o conhecimento e uso de plantas medicinais, constatando-se que a planta mais citada foi o Mastruz (Chenopodium ambrosioides) e que a população à utiliza sem nenhum conhecimento científico sobre os seus efeitos colaterais, não se preocupando com a dosagem correta, colocando em risco a sua própria vida. Mas, é importante observar o uso incorreto desse vegetal, pois,  Ballach (1989) in Silva, E. B da (1997), refere que geralmente é conhecido como abortivo o efeito dessa planta e que, em doses fortes, a essência para combater vermes trazem doenças e algumas vezes até a morte.





O esclarecimento e sensibilização acerca da problemática associada a utilização do mastruz, tem a finalidade de reduzir e/ou erradicar o uso incorreto desta erva, e ainda injetar no cotidiano dos envolvidos, que a prática do seu uso para fins terapêuticos é importante para o bem estar da população, e mais precisamente para as pessoas de baixa renda pois o seu custo é muito baixo, mas que é relevante usá-lo com cautela,  já que, Souza et. al (1991) in Silva, E. B (1997), afirma que a planta pode deixar efeitos colaterais como irritação nos rins, vômitos, convulsões, náuseas e até coma. Mas, que o seu uso cautelar do sumo com leite, é fortificante dos pulmões, combate a gripe; triturada a erva, pode ser usada em contusões e fraturas com bom resultado.
Portanto, o registro e a aferição dessas informações, contribuem para a manutenção e o correto direcionamento do saber popular, procedendo-se com orientações sobre o uso correto desse vegetal, com vistas à prevenção de intoxicações, assim como a divulgação da forma adequada de  seu emprego, proporcionando-lhes segurança na utilização dessa erva e uma melhor qualidade de vida.

OBJETIVOS:
·          Esclarecer dúvidas dos usuários do mastruz sobre a qualidade, precauções, segurança, interações medicamentosas e eficácia na sua utilização.
·         Mostrar a comunidade as doenças que o mastruz pode agir.
·         Orientar a comunidade sobre as contra indicações do uso incorreto do mastruz.


 METODOLOGIA:

            Após a escolha da temática e pesquisas bibliográficas, os educandos  iniciaram um estudo sobre a história do uso das plantas medicinais. Fizeram  estudos aprofundados sobre questionário etnobotânico e sua relevância, permitindo o conhecimento e entendimento da relação dos vegetais com a população envolvida. Os alunos produziram um questionário semiestruturado que posteriormente foi aplicado para alguns moradores da comunidade de São Rafael/RN, escolhidos sob o critério de que a maioria dos moradores eram maiores de 35 anos de idade e usuários das plantas medicinais. A partir da análise dos questionários semiestruturados constatou-se que a população utilizava uma variedade de plantas medicinais como medicamento natural, sendo que o mastruz (Chenopodium ambrosioides) foi o mais citado pelos moradores, e que eles tinham conhecimento popular a cerca de seu uso, mas não tinham conhecimento científico, nem tão pouco sabiam dos efeitos colaterais que a planta pode causar. Daí tornou-se relevante buscarmos estudos bibliográficos à  cerca dos benefícios e riscos causados pela planta, sendo de fundamental importância a sensibilização dos moradores sobre os riscos que eles correm usando esse medicamento natural de forma inadequada. 
           
RESULTADOS E DISCUSSÃO:

A partir de um levantamento bibliográfico sobre os efeitos do mastruz no organismo humano, tornou-se possível a organização e produção de textos referentes a planta medicinal mais citada pela comunidade de São Rafael, quando indagadas sobre plantas medicinais e seus usos, e constatado que a mais  utilizada  é o mastruz (Chenopodium ambrosioides).   Essas  informações sobre  a  utilização  de   forma  correta da erva,  foram repassadas à população, contemplando os seguintes aspectos: nome popular da planta, nome científico, uso popular, parte usada, posologia, e contra indicações. Criou-se um Blog, disponível em: www.plantasmedicinaisao rafael.blogspot.com o qual contém informações sobre o mastruz (Chenopodium ambrosioides), planta mais utilizada pela população de São Rafael/RN.

Desenvolvidas as ações do projeto, espera-se manter o emprego das plantas medicinais, de forma correta, pela população, passando a utilizá-las com cautela. No Brasil consta de uma variedade botânica muito grande encontrada em nossas florestas tropicais, desde 1500 a.C (Faraó RamsésI). A utilização em suas várias formas: chás, xaropes, sumo, compressas, entre outras para determinados distúrbios, deve ser rigorosamente introduzida de forma adequada, pois os vegetais não estão livres de substâncias tóxicas. Com essa iniciativa, proporcionou-se a sensibilização dos moradores de São Rafael/RN, para o uso correto dessa erva tão citada por eles, respeitando a saúde e corpo, evitando efeitos desastrosos.

CONCLUSÃO

O presente trabalho torna-se de grande relevância, pois o uso dos vegetais pela população para fins terapêuticos é frequente, por quaisquer razão que sejam, e utilizá-los de forma correta é muito importante para manter a segurança e a saúde do corpo.








Diante da variedade de plantas medicinais identificadas na comunidade
e utilizadas em seu benefício, verificamos que o mastruz (Chenopodium ambrosioides ),  é a planta usada em maior escala. Neste contexto, pode-se destacar que a pesquisa voltada para o campo das plantas medicinais é eficiente para comprovar suas ações mediante usos populares que as utilizam com o intuito de melhorar a qualidade de vida, principalmente por terem uma maior acessibilidade dos recursos terapêuticos disponíveis no ambiente.

Sendo assim, tornou-se necessário uma melhor distribuição de conhecimento dos efeitos provocados por esse vegetal, bem como a segurança no seu uso como recurso terapêutico. Sendo assim, é necessário que a população, seja conhecedora do conhecimento científico à respeito dos  benefícios e danos que essa erva pode causar, já que, deve-se fazer uso desta droga vegetal com cautela, pois sendo usada de forma inadequada, pode se tornar um fator de risco para a intoxicação. Por essa razão, entende-se que é de grande importância informar a população, por meios descritivos e oralmente essa preocupação com a qualidade da saúde em geral.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, Raullyan Borja Lima e. A etnobotânica de plantas medicinais da
comunidade quilombola de Curiaú, Macapá-AP, Brasil. p.23. 2002.
ZECA, Isla  Ferreira ¹;  ARAÚJO,  Jamile Bezerra ¹;  SANTOS,  Ana Patricia Oliveira dos ². Plantas medicinais: deixe a natureza cuidar de você. < Disponível em: www.oort.com.br/oort/thinkquest/./Projeto_Plantas_Medicinais.HTML‎>
Acesso em: 18/09/2013


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PLANTAS MEDICINAIS.

                                        PLANTAS MEDICINAIS.

INTRODUÇÃO.


A utilização das plantas como medicamento provavelmente seja tão antiga quanto o aparecimento do próprio homem.
A evolução da arte de curar possui numerosas etapas, porém, torna-se difícil delimitá-las com exatidão, já que a medicina esteve por muito tempo associada a práticas mágicas, místicas e ritualísticas.
A preocupação com a cura de doenças, ao longo da história da humanidade, sempre se fez presente. Sabemos que os alquimistas, na tentativa de descobrir o "elixir da vida eterna", contribuíram e muito na evolução da arte de curar.
Um grande avanço na terapia foi dado por Paracelso que defendia a teoria da "assinatura dos corpos", segundo a qual as plantas e animais apresentavam uma "impressão divina" que indicava suas virtudes curativas.
De acordo com essa teoria, a semelhança da forma das plantas aos órgãos humanos determinam o seu efeito curativo sobre estes como, por exemplo, algumas hepáticas, apresentando formato parecido a um fígado, eram utilizadas para curar moléstias de tal órgão.
As plantas pelas suas propriedades terapêuticas ou tóxicas adquiriram fundamental importância na medicina popular.
A flora brasileira é riquíssima em exemplares que são utilizados pela população como plantas medicinais.
Toda planta que é administrada de alguma forma e, por qualquer via ao homem ou animal exercendo sobre eles uma ação farmacológica qualquer é denominada de planta medicinal.
Segundo VON MARTIUS, as plantas medicinais brasileiras não apenas curam, mas realizam milagres.
As plantas medicinais sempre foram objeto de estudo na tentativa de descobrir novas fontes de obtenção de princípios ativos.
Através dos dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), constata-se que o uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos anos, sendo que este uso tem sido incentivado pela própria OMS.
As planta produzem substâncias responsáveis por uma ação farmacológica ou terapêutica que são denominadas de princípios ativos.
A fitoterapia é o tratamento das doenças, alterações orgânicas, por meio de drogas vegetais secas ou partes vegetais recém colhidas e seus extratos naturais.
O conhecimento das propriedades medicinais das plantas, dos minerais e de certos produtos de origem animal é uma das maiores riquezas da cultura indígena. Uma sabedoria tradicional que passa de geração em geração.
Vivendo em permanente contato com a natureza, os índios e outros povos da floresta estão habituados a estabelecer relações de semelhança entre as características de certas substâncias naturais e seu próprio corpo.
O índio tem um profundo conhecimento da flora medicinal, e dela retira os mais variados remédios, que emprega de diferentes formas .
As práticas curativas das tribos indígenas estão profundamente relacionadas com a maneira que o índio percebe a doença e suas causas. Tanto as medidas curativas como as preventivas são realizadas pelo pajé, sendo estes rituais carregados de elementos mágicos e místicos que refletem o modo de ser do índio e o relacionamento deste com o mundo.
Segundo LELONG, na filosofia indígena as plantas são responsáveis pela cura devido à presença de um espírito inteligente.
O que os índios denominavam de espírito inteligente, hoje, graças aos estudos farmacológicos, sabe-se que nada mais é do que o princípio ativo, produzido pelos vegetais. A evolução e o uso de plantas medicinais pelo homem está associado a sua evolução antropológica, da época em que era um simples nômade até tornar-se um espécime sedentário. Com a fixação de moradia, surgiram as mais variadas necessidades e outras se acentuaram, assim o uso ficou comprovado através da experimentação, observação e necessidade, através de erros e acertos.
Além do metabolismo primário, as plantas produzem também substâncias resultantes do metabolismo secundário. Este metabolismo secundário se diferencia do primário, basicamente por não apresentar reações e produtos comuns à maioria das plantas, sendo portanto específico de determinados grupos.
Os compostos secundários podem ter utilidade, para o homem, medicinal ou tóxica e, para a planta, existe uma interação com o ambiente no sentido de proteção contra predadores ou como atrativo de polinizadores.
Plantas aromáticas são assim denominadas pois armazenam óleos essencias em células secretoras individuais ou formando estruturas como dutos ou canais, tricomas glandulares e outras. Tais estruturas secretoras podem encontrar-se distribuídas por todo o vegetal.
Apesar de muitas plantas serem úteis ao homem, existem algumas que produzem substâncias que exercem efeitos tóxico e por isso são denominadas de plantas tóxicas ou venenosas.