quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Hortelã da folha míuda

Hortelã-de-folha-miúda

Nome científico: 
Mentha × piperita L.
Sinonímia científica: 
Mentha × adspersa Moench
Família: 
Lamiaceae
Partes usadas: 
Folhas e sumidades floridas.
Princípio ativo: 
Piperitone, alfa-mentona, mento-furano, metilacelato, pulegona, cineol, limoneno, jasmone, principio amargo, vitamina C e D, nicotinamida (traços), terpenos, cetonas, taninos, sesquiterpenos: cariofileno, bisabolol.
Propriedade terapêutica: 
Carminativa, eupéptica, estimulante, colagoga, estomáquica, antiemética, antiespasmódica e analgésica.
Indicação terapêutica: 
Fadiga, atonia digestiva,gastralgia, cólicas, flatulência, vômitos na gravidez, intoxicação gastrintestinal, afecções hepáticas, palpitações, enxaqueca, tremores, asma, bronquite crônica, sinusite, dores dentárias,nevralgias faciais provocadas pelo frio.

Nome em outros idiomas
  • Inglês: peppermint
  • Francês: menthe anglaise, menthe poivrée, sentebon
  • Alemão: pfefferminze, minze, edelminze, englische minze
  • Italiano: menta pepe, menta peperina, menta piperita
Espécies
  • Mentha viridis L.
  • Mentha crispa L.
  • Marsupianthes hyptoides L.
As três "mentas": Mentha piperita L.Mentha viridis L. e Mentha crispa L. são espécies diferentes com basicamente os mesmos constituintes mas diferem quanto ao solo, clima, etc.
Marsupianthes é sinônimo científico de uma delas. No Brasil existe a maior plantação de Mentha crispa do mundo. Encontra-se no município de Caruaru, pertence ao Lab. Hebron para produção do giamebil para ameba e giardia, segundo informação do Prof. Dr. Lauro Xavier Filho (abril, 2004).
Princípios ativos (continuação)
Flavonóides: mentoside, isoroifolina, luteolina. Óleo essencial 0,7 a 3% que contém mentol (40 a 40%), ácido p-cumarínico, ferúlico, cafêico, clorogênico, rosmarínico e outros. Contém outros constituintes incluindo carotenóides, colina, betaína e minerais.
 Contraindicações e efeito colateral
É contraindicado o uso da essência para lactentes. Pessoas que possuem cálculos biliares só devem empregar a planta com aconselhamento médico.
O mentol em crianças de pouca idade e lactentes pode levar à dispnéia e asfixia. A essência irrita a mucosa ocular (conjuntiva). Em pessoas sensíveis pode provocar insônia.
Superdosagem: evitar utilizar a essência em doses superiores a 0,30 g/dia.
Interações
Pode ser usada associada com sabugueiro.
 Dosagem indicada - Uso interno
  • Erva seca: 2 a 4 g três vezes ao dia.
  • Infuso: 1 colher de sobremesa de folhas por xícara. Tomar 3 xícaras ao dia, após ou entre as refeições.
  • Essência: dose média 0,05 a 0,030g/dia (45 gotas).
  • Xarope: 20 a 100 g/dia.
  • Sauna facial para nevralgias faciais provocadas pelo frio. 
    25g de folhas em 0,5 litro de água fervente. Expor o rosto aos vapores, cobrindo a cabeça com uma toalha. 
Uso culinário
Para fins culinários, folhas de hortelã devem ser usadas frescas em quase todos os casos. As folhas secas são restritas a alguns casos atípicos.
Curiosidade
O nome mentha vem da mitologia grega. Uma ninfa chamada Mintha foi punida por Zeus e se transformou em uma flor. Ninfas, em desenhos antigos, muitas vezes aparecem com coroas de menta, símbolo do amor.
 Colaboração
Lauro Xavier Filho, Professor da Universidade Tiradentes (UNIT),  Aracaju (SE).
 Referências
  • MELLO, E. C. C.; XAVIER FILHO, L. Plantas Medicinais de Uso Popular no Estado de Sergipe. Aracaju, UNIT, 2000.

Nenhum comentário:

Postar um comentário